Bahia de Todos os Santos
É a segunda maior Bahia
do mundo
(Carlos Casaes e Carla Maria)
(Autorizada a
publicação da pesquisa, desde que conservados os nomes dos autores)
Existe uma
grande reentrância na costa brasileira que, por sinal, se encontra no centro do
litoral do Estado da Bahia, em meio da qual se identifica, precisamente, a
Capital baiana, e em torno do que estão dezenas de municípios. Por sinal, é
aquele imenso estuário que tem uma circulação forçada, muito especialmente pelo
fato de abrigar suas marés.
As suas características físico-químicas, que estão situadas na sua entrada e no seu interior, fazem resultar em que ali se encontra quantidade impressionante de nichos ecológicos, bem assim de circulação gravitacional. Por sinal, com incrível permanência que lhe é própria. Curioso que a sua salinidade é precisamente similar à salinidade oceânica, circulando entre 28 e 36%. Essa particularidade lhe concede a existência de inúmeros recifes de coral, que ficam situados entre a Ilha dos Frades e a ponta de Mont Serrat.
História se confunde
com a do próprio Brasil
A realidade é que a longa e profunda baía encantou aos navegadores da época que a visitavam, como também passou a atrair até piratas e colonizadores. A ponto de chegar a despertar o interesse do próprio Governo português. Porquanto a se destacar pelo fato de se constituir em um excepcional ancoradouro natural. Do que se inferia estar ali identificado um excepcional sítio estratégico, igualmente com virtudes naturais defensivas. Atraíam as atenções, da mesma sorte, o fato de suas águas serem extremamente piscosas, ao lado de terem em seu entorno terras consideravelmente férteis.
Internacionalmente,
é tida como a segunda maior baía do mundo, vencida em extensão, apenas, pelo Golfo de Bengala. Da mesma sorte como é
considerada como a maior baía brasileira, com extensão que alcança nada menos
do que 1.233 km², convivendo, também, com uma profundidade dentre 10 e 20
metros.
Foi precisamente da descoberta dessa baía que o espaço em seu torno teve a Capitania instituída pelo Governo de Portugal sido denominada de Bahia (com h). Foi, pois, a primeira província e atual Estado brasileiro. O “H” foi conservado no substantivo, conforme mesmo a própria grafia lusitana da época. Um fato da maior importância histórica atual foi que a Marinha do Brasil, no ano de 2014, lhe concedeu o título e condição de “Capital da Amazônia Azul”.
A área
aproximada da Baia de Todos os Santos
corresponde, por coincidência, à mesma área do município do Rio de Janeiro, que
é considerada como a segunda maior metrópole do país. Como um dos seus títulos,
ainda, a Baía de Todos os Santos é considerada como a maior baía mais navegável do
Brasil, homenageada com a condição de patrimônio
cultural da humanidade.
Logo encantou aos
portugueses
Não foi com muita espera que os portugueses despertaram a atenção para as novas terras descobertas, tentando se antecipar e superar aos navegadores, piratas e outros colonizadores. Sua condição de excepcional ancoradouro, inclusive, facilitou a que a sua movimentação náutica ocorresse com desusada intensidade, então. Perceberam, logo, se tratar de um ponto especialmente estratégico, o que lhe concedia também a especial condição de proporcionar a sua própria defesa.
Foi no ano
de 1501 que aconteceu, por sinal, a expedição portuguesa que estava sendo
comandada, especialmente, pelo navegador Gaspar
de Lemos. Este, por acaso, se
fazia acompanhar de outro navegador e, por sinal, muito comentado na história
por ter sido considerado como o descobridor da América do Norte: Américo Vespúcio, que também era
cartógrafo e escritor italiano.
Vale, da
mesma sorte, lembrado de que foi Américo
Vespúcio que, por questões históricas, acabou concedendo o seu próprio nome
a todo o continente americano. Vespúcio havia
sido enviado com o objetivo de mapear as novas terras descobertas, então. Estas
que, por sinal e por oportuno, haviam sido descobertas por Pedro Álvares Cabral, simplesmente há um ano antes.
Nome dos santos em
acidentes geográficos
À época, era muito como, um costume, por sinal, de que os nomes dos santos do dia fossem utilizados para identificar, sobretudo, acidentes geográficos. Era, então, 1º de novembro, Dia de Todos os Santos na religião católica, portanto. É essa a razão para que fosse denominado o novo “achado”, como Bahia de todos os Santos. Hoje, no entanto, simplesmente, Estado da Bahia.
Foi, da
mesma maneira, o fato de que se constituía um costume medieval privilegiar
alguns acidentes geográficos para situar novas comunidades. No caso, a
existência de colinas e outros acidentes geográficos, precisamente a leste, que
levou a aplicação daquele hábito medieval do aproveitamento para fortificações
das cidades, o que induziu a Tomé de
Souza, por sinal, o Primeiro
Governador Geral do Brasil, a eleger aquela privilegiada região para ali
fundar, “por ordem do Rei de Portugal”
a cidade que seria a primeira capital da
nova colônia lusitana: SALVADOR.
Há 5 séculos da Cidade
do Salvador
Durante os cinco séculos da bela história é que foi construída a multiplicidade cultural dessa que, por consequência, resultou na afirmação de que é uma das mais belas comunidades do mundo, a Cidade do Salvador. Nos dias que se seguem, é muito fácil reconhecer o seu monumental patrimônio histórico e cultural, no contexto do que se pode identificar essa que, sem dúvidas e consagradamente, é a maior festa do planeta: o CARNAVAL. Como ainda é a mesma condição que permitiu flagrar para o mundo o maior litoral urbano da nação brasileira. Aí está inserida, pois, a maior baía tropical do mundo: a Baía de Todos os Santos.
É de se
identificar a sua importância ao se perceber que tem uma extensão ocupando mais
de 1.000 km², no interior do que é identificada por 56 ilhas e nada menos do que
16 municípios. É o que percorre o espaço que tem a denominação de Recôncavo Baiano. Nele, encontra-se
abrigada uma cultura muito especial, ao lado de uma, também, muito festejada
culinária, a qual, inclusive, é especializada em frutos do mar, justificando, e
então, o seu posicionamento.
Não será com dificuldade que se poderá identificar, nos limites de Salvador, um extraordinário conjunto de atrativos. São exemplos que podem e devem ser numerados: Farol da Barra, Igreja do Bonfim, Lagoa do Abaeté, Itapuã, Centro Histórico, destacando nele o Pelourinho, todos eles convivendo exuberantemente com, por exemplo, o Elevador Lacerda, a Península de Itapagipe, como mesmo o próprio Carnaval. Este, por sinal, concorre ainda com as tantas festas religiosas e populares que integram um especial acervo. Identifique-se, ainda, aí a sua especial gastronomia e quantos eventos também se pronunciam.
No Recôncavo
identifica-se um especial patrimônio
Devem ser
destacados no Recôncavo Baiano alguns desses especiais atrativos. Como é o caso
da sua Fábrica de Charutos, os
agradáveis passeios às ilhas, um fenômeno na cidade de Cachoeira que é a Irmandade da Boa Morte, convivendo ao
lado dos tantos candomblés. Tudo isto
responsável pela enormidade de eventos que constituem a sua programação anual.
É um fato
muito curioso saber-se de que forma foi consagrado o seu nome Bahia de Todos os Santos. Ocorreu que
esse belíssimo espaço foi descoberto pelos portugueses no dia 1º de
novembro do ano de 1501. Ou seja, na realidade, Dia de Todos os Santos.
Nada menos do que 56
ilhas
No interior
dessa baía encontram-se nada menos do que 56 ilhas, algumas das quais, por
sinal, como propriedades particulares. Tal é o caso da Ilha das Vacas. Algumas outras são desabitadas, veja-se o caso da Ilha das Canas. Nesse conjunto de
acidentes geográficos, dentre todas essas ilhas, 7 podem e devem ser
identificadas à parte. Vejamos:
Ilha dos Frades, é uma das mais conhecidas,
sobretudo pela sua extensão de 8 km, no interior do que se encontra uma muito
boa estrutura turística. É o motivo pelo qual se constitui em uma das mais prestigiadas
pelos que circulam naquele espaço. Sua maré é baixa e engloba e prestigiadas
praias, que convivem com incríveis viveiros naturais com suas cristalinas
águas. Destacam-se, entre outras, a de Nossa
Senhora de Guadalupe, a de Loreto,
Vibração e Paramana.
Ilha de Itaparica em verdade é a maior opção no interior da baía, tendo uma extensão de 40 km, ligando-se, no entanto, com o continente através da Ponte do Funil (observem-se que, do outro lado da ilha). São suas características a existência de recifes por toda a ilha, o que tornam as suas tantas praias bastante calmas e bem rasas. Neste caso mesmo, quando a maré se encontra baixa, o que a faz a preferida das crianças, bem assim dos idosos. Por outro lado, é muito indicada para a prática do mergulho. Alguns pontos lhe podem ser distintos, como a Ponta da Areia, Penha e Coroa do Lima.
Ilha de Maré está a 25 km de Salvador em linha
reta. Pode, inclusive, ser alcançada em pequenas embarcações, partindo do
Terminal Hidroviário de São Tomé de Paripe. As suas naturais características a
fazem uma das mais belas da região.
Ilha do Medo que tem uma história reveladora de
que foi o local utilizado como refúgio para a quarentena dos leprosos, os
quais, àquela época, eram isolados da comunidade em que viviam. Àquela altura,
os nativos tinham a crença de que toda aquela área fosse mal-assombrada, pela
presença das almas dos que ali pereciam, que eram mesmo os enfermos. Ainda
existem outras histórias que caracterizam o local com um certo mistério. Mas é
um espaço inabitável pelo fato de não existir ali água doce. No entanto, é a
praia preferida para a prática dos esportes a remo.
Ilha de Matarandiba que é conhecida muito pela
existência ali de sua Fonte de Tororó. Na
realidade, uma queda d’água doce que transcorre até a praia. Curioso que a sua
água tem um tom esverdeado claro. As suas praias são indicadas para os esportes
náuticos a remo. Nesse caso, são exemplos mesmo a “canoa havaiana” e o caiaque.
Mas também são praticados os esportes a vela, da mesma sorte que o windsurfe.
Ilha Bom Jesus dos
Passos, a qual
pode ser alcançada partindo-se do Município de Madre de Deus. De mar azul e
transparente, também, muito indicado para a prática do mergulho. Existem em
seus limites várias atrações históricas, como é o caso da Igreja Bom Jesus dos Passos, cuja construção demanda ao ano de
1776.
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