BAHIA DE TANTOS ICONES E DE TANTAS HISTÓRIAS
2 - 365 IGREJAS QUE A
BAHIA TEM
(CARLOS CASAES e CARLA
MARIA)
As publicações pertinentes, de forma unânime, comentam de que é muito difícil de imaginar que haja, no mundo, um local com tamanha quantidade de igrejas quanto a Bahia. São centenas de templos que, por sinal foram consagrados por Dorival Caymmi em sua composição... “Trezentas e sessenta e cinco igrejas a Bahia tem”. Embora, ao correr destes quinhentos e tantos anos, inúmeras igrejas já hajam desaparecido do contexto, enquanto outras continuam a surgir.
Por sinal, a primeira delas foi erguida em 1500, depois que o frei Henrique de Coimbra, no dia 26 de abril daquele ano, celebrou a “primeira missa” em solo pátrio. E é também histórico o fato de que tal missa ocorreu em local a céu aberto em Porto Seguro. Três anos depois, coube a três missionários franciscanos, ainda mesmo em Porto Seguro, a instalação da primeira igreja do Brasil. Quando, por sinal, e concomitantemente, foi fundada, também, a Santa Casa da Misericórdia. Sabe-se, também, de que, a partir de 1530, inúmeras outras igrejas foram construídas no Recôncavo e no litoral da Bahia.
Já nos tempos modernos, século 20, inúmeras construções históricas caracterizavam intenso movimento modernista em Salvador. Foi quando, inclusive, até a Catedral que existia na Praça da Sé, chegou a ser demolida a fim de permitir a instalação de novas e modernas vias, com a introdução dos “bondes elétricos”. Seguiram-se, nesse mesmo viés, as antigas Igrejas de São Pedro, Igreja da Ajuda (primeira dos jesuítas no Brasil), bem assim a Igreja do Espírito Santo do Pilar. Já de forma parcial, foram atingidas também, então, as Igrejas das Mercês, do Rosário (na Avenida Sete de Setembro) e a de São Raimundo.
Pormenor importante é se conhecer de
que a Arquidiocese de São Salvador da Bahia chegou a ser, durante longo
período, a maior arquidiocese do mundo. O que perdurou até 1892, quando
aconteceu a sua divisão.
São mais que 365
É pública a notícia de que há na
Bahia 365 igrejas, esta afirmação a partir da música de Dorival Caymmi. A
verdade, no entanto, é que existem mais do que uma igreja para cada dia do ano,
na forma como assegura a Arquidiocese de Salvador, de que existem, na
realidade, 372 templos católicos na cidade. O que é verdade é que as igrejas de
Salvador constituem, para a sua população, muito mais do que o símbolo de uma
religião, porquanto as entende como autênticos símbolos da história da nação,
no que concerne à formação da sua cultura.
É de se ver algumas referências para sentir o quanto a capital baiana é pródiga em templos católicos. Assim, tomando uma linha reta desde o Porto da Barra e até o largo de Santo Antônio Além do Carmo, vão-se contabilizar 23 igrejas. Senão, vejamos: a de Santo Antônio da Barra, a da Vitória, a das Mercês, a dos Aflitos, a de São Raimundo, a de N.S. do Rosário (em plena Avenida 7), a de São Pedro e a de Nossa Senhora da Piedade, no largo da Piedade, a de São Bento, a da Barroquinha, a da Ajuda, a da Misericórdia, a Catedral Basílica, a de São Pedro dos Clérigos, a de São Domingos (as três últimas no Terreiro de Jesus), a de São Francisco, a Ordem Terceira de São Francisco, a de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, a do Carmo, a Ordem Terceira do Carmo, a do Boqueirão, Igreja dos Quinze Mistérios e Igreja de Santo Antônio.
Muitas dessas igrejas são icônicas,
pela importância arquitetônica, pela riqueza do seu interior, pelo seu
histórico e tantas outras circunstâncias. Sem a menor dúvida, uma das mais
destacadas delas, exemplo de riqueza e de esmero na sua decoração, é a de São
Francisco, tendo ao lado a da Ordem Terceira de São Francisco. Reinando bem em
frente a um dos locais mais destacados da cidade, evidencia-se por ter,
inclusive, a fachada do prédio da sua Ordem Terceira toda esculpida em pedra
granito – única no país com esse refinamento. O início da sua construção deu-se
em 1702, sendo a sua fachada sido a primeira a ser construídas em estilo
barroco, o qual foi substituído pelo estilo neoclássico no século XIX. Com o
pormenor, o fato de que as “ordens terceiras” não eram integradas por padres,
mas tinham como seus membros homens leigos, com destaque na sociedade e que
tivessem participação direta na construção desses templos.
A Ordem Terceira de São
Francisco
As informações acima são confirmadas
quando se contempla a sua fachada. E se constata ser toda esculpida em pedra
arenito, a única no país com esse aspecto. A sua construção teve início no ano
de 1702, tendo erguido, inicialmente, a fachada que contemplou o estilo barroco,
substituído, no entanto, no século XIX, pelo estilo neoclássico
A sua existência em Salvador
seguiu-se à iniciativa de São Francisco de Assis que imaginou que os leigos
deveriam ter uma vida espiritual semelhante à dos religiosos, mesmo que não
morassem nos mosteiros. Então, instituiu-se ser a “ordem primeira” destinada
aos padres, a “segunda”, às freiras e a “terceira” às pessoas da sociedade. Ao
lado da sua especial arquitetura, destacam-se os azulejos portugueses no seu
pátio, sendo ainda curiosa a sala dos santos onde se encontram inúmeras imagens
em tamanho natural, como é o caso do Senhor dos Passos, de Nossa Senhora da Conceição
e de Nossa Senhoras das Dores. Uma outra escultura de destaque é o Senhor
Morto, de Francisco das Chagas Xavier, seu autor. Nela, existem rubis em lugar
das gotas de sangue.
Igreja e convento de
São Francisco
Sem dúvidas, é a mais famosa e visitada igreja de Salvador. É simplesmente majestoso o seu interior, onde os detalhes são extremamente ricos, em estilo barroco, o que lhe concede fama mundial. Todo o seu interior – que é imenso – é talhado em madeira e ouro, sim ouro. Na sua grande nave existem duas pias que foram doadas por D. João V, quando rei de Portugal. As belíssimas pinturas no seu teto são outro fator de admiração. Destaque, da mesma sorte para os belíssimos azulejos portugueses no seu pátio externo, que liga ao convento.
Igreja da Ordem Terceira de São Domingos Gusmão
É uma das três igrejas que ficam no Terreiro
de Jesus que, por sinal, é uma das mais antigas regiões de Salvador, no seu
Centro Histórico. Sua fachada é em estilo rococó e o interior no neoclássico.
Tem também alguns belos detalhes em ouro. Por sinal, ela era barroca por
dentro, no entanto, trocaram-lhe estilo. Há uma belíssima pintura no seu teto,
com aspecto ilusionista que lhe concede uma dimensão de profundidade. Enquanto
no altar-mor há uma claraboia que permuta o ar no interior do templo e
proporciona uma bela iluminação.
Igreja de São Pedro dos Clérigos
Igreja de N.S. do Rosário dos Pretos.
Esta situa-se, precisamente, no Largo do Pelourinho e foi fundada em 1685, levando essa denominação por ter sido construída totalmente por homens pretos, alguns deles escravos. E isto ocorreu pelo fato de que os negros não podiam, então, circular nas igrejas dos brancos. A sua irmandade culminou na Ordem Terceira, o que ocorreu em 1899. É muito bela, inclusive no seu interior. Da mesma sorte que em outras, os azulejos são especialmente apreciados e que ficam nas suas laterais. Os quais teriam sido confeccionados na Fábrica do Rato, em Portugal e teriam a assinatura do famoso ceramista lusitano Francisco Gonçalves da Costa.
Igreja do Santíssimo Sacramento
Esta igreja foi construída num terreno inclinado, proporcionando-lhe uma situação diversa das demais, sobretudo pela sua bela escadaria em frente. Por sinal, foi o espaço escolhido para ser cenário do filme “Pagador de Promessas”, em 1962. Curioso, ainda, que foi a única obra brasileira, no particular, ganhadora do tradicional prêmio internacional “Palma de Ouro”, em Cannes-França. E o detalhe foi que deveria ser na escadaria que a promessa deveria ser cumprida. Por sinal, o seu nome no filme era Igreja de Santa Bárbara. No entanto, a sua denominação real é de Igreja do Passo. Uma outra gravação consagrou a famosa escadaria, que foi a gravação do clipe “The Obvius Child”, que reuniu Paul Simon e Olodum. Um destaque do local é que, em torno da igreja pode-se contemplar muitos sobrados dos séculos XVIII e XIX e tem como curiosidade ao seu lado a casa de Castro Alves. O seu acesso pode ocorrer tanto pela Rua do Passo quanto pela longa escadaria, que lhe fica em frente, ligando a Ladeira do Carmo à Rua do Passo.
Igreja da Ordem Primeira e Convento do Carmo
Está situada bem no alto do Largo do
Carmo e tem ao seu lado a Igreja da Ordem Terceira do Carmo. E o conjunto da
Igreja com o Convento, que lhe fica ao lado, foi construído no século XVII no
estilo neoclássico. Considera-se a sua sacristia como uma das mais bonitas do
país. Ele foi o maior convento da Ordem do Carmo no mundo, e há uma curiosidade
pois, à época da invasão holandesa, foi lá que abrigou o Quartel General das
forças da resistência e foi onde os holandeses assinaram a rendição. Um local
extremamente histórico, portanto. Já no final do século XX, o convento abrigou
uma unidade do grupo português do Hotel Pestana.
Igreja da Ordem Terceira do Carmo
É uma igreja, também, com destaque
para os muitos detalhes em ouro, ao lado de uma monumental pintura sacra no seu
teto. O início da sua construção ocorreu em 1644. No entanto, em 1788 chegou a
ser quase totalmente destruída, consequência de um incêndio, do qual apenas
algumas imagens foram salvas. Após o incêndio, iniciou-se a construção do novo templo
que levou 50 anos para conclusão. A sua fachada está decorada em pedras de
Lioz, vindas de Portugal. No seu interior, os altares estão decorados em estilo
neoclássico, enquanto existem inúmeros salões destinados a reuniões da Ordem.
Destacando-se a bela sacristia com janelas superiores de onde se pode
vislumbrar o Centro Histórico. Uma escadaria lateral permite acesso ao local do
coro, no andar de cima. É onde se encontra um exemplar de um antigo órgão de
tubos, que é considerado como construído pelo francês Aristide Cavaille-coll, o
que ocorreu em 1888, ele com a fama de ser o mais renomado construtor de órgãos
do século XIX. Também se pode visitar as catacumbas no subsolo da igreja.
Igreja de Nossa Senhora
da Conceição da Praia
Esta, encontra-se situada bem em frente à Bahia de Todos os Santos, na denominada Cidade Baixa. O seu acesso pode ocorrer descendo o Elevador Lacerda e a alcançando logo à esquerda. A sua construção ocorreu por ordem de Tomé de Souza, que foi o primeiro Governador-Geral do Brasil. E aconteceu em 1549, logo após a sua chegada. A imagem de Nossa Senhora da Conceição, inclusive, foi trazida na embarcação do Governador. A igreja, como é hoje, foi construída em 1736 sobre a antiga capela. Em 1832 Augusto Earle produziu uma das mais bonitas ilustrações de Salvador do século 19, precisamente quando a expedição de Charles Darwin esteve na cidade. É onde se vê a igreja com as suas torres magníficas. Esta é, também, uma outra igreja icônica, pelo fato de que fora toda pre-construída em Portugal e trazida em navio. Sendo que todas as pedras de cantaria da sua fachada foram devidamente numeradas para facilitar a montagem na construção. Destaque, da mesma sorte, para os azulejos portugueses que são uma importante decoração. Nossa Senhora da Conceição é indicada como a padroeira da Bahia e foi na sua igreja que a Irmã Dulce foi, inicialmente, sepultada.
Igreja de Santo Antônio
Além do Carmo
Localiza-se no Bairro de Santo Antônio, que é integrante do Centro Histórico da cidade. Sua construção data do século XVII, mais precisamente, 1638 e o seu estilo é o barroco. Destacam-se as imagens de Jesus Crucificado e de Santo Antônio de Pádua. É de se atentar para o fato de que o bairro surgiu em virtude da expansão da cidade, logo após a chegada de Tomé de Souza, dando lugar, pois, à construção da igreja. Um pormenor é que a igreja possui apenas uma torre lateral para os seus sinos.
Expressivos destaques
históricos
O, então, rei de Portugal, D. João
III, decidiu enviar à Bahia o primeiro Governador Geral, Tomé de Souza que
trouxe, em sua equipe, ao lado dos degredados, colonos, jesuítas e outras
autoridades, grupo integrado pelo arquiteto Luiz Dias, que recebeu a missão de
construir a cidade do Salvador. A comitiva foi recebida, inclusive, por Diogo Alvares
Correia, o Caramuru, bem assim, pelos índios Tupinambás. O grupo foi levado ao
alto da Graça, espaço que era de propriedade do próprio Caramuru, e foi onde
eles acamparam.
Aconteceu aquele desembarque na Vila Velha, que era um terreno que se situava na Baixada da Barra que, depois de pertencer também ao Caramuru, passou ao Sr. Francisco Pereira Coutinho. Aquele local, posteriormente, designou-se de Vila Pereira, área que fica nos fundos do atual Iate Clube a Bahia, em que o nome permanece até hoje. Ocorre que o projeto de construção da cidade tinha como primeiro passo escolher o local que pudesse conter os dispositivos de defesa contra os índios e invasores.
No local identificado, então, foram construídos o Palácio do Governo, a Câmara, a Cadeia, entre outros prédios. E a localização é onde hoje se encontra a Praça Tomé de Souza, antiga Praça Municipal. Seguiram-se novas ruas, uma das quais a dos Mercadores, ou Rua Direita do Palácio, que é a atual Rua Chile. Como também a Rua da Ajuda, a Rua dos Capitães (hoje a Ruy Barbosa), dentre outras. Aquilo proporcionou a expansão da cidade para o norte, com o Terreiro de Jesus, Pelourinho, Santo Antônio Além do Carmo, onde passou a residir a burguesia da cidade.
Em 1549 com toda a estrutura administrativa instalada, a cidade do Salvador era a primeira capital do Brasil que, com a expansão, somente muitos anos depois passou a ser dividida entre Cidade Alta e Cidade Baixa. É que, àquela época, o mar alcançava a encosta. Então, o Governador vinha cedendo terrenos aos portugueses que comprovassem condições financeiras. Uma daquelas áreas foi no norte, em que existia uma nascente a qual corria do morro até a baixa, quase à beira do mar. Era naquele local onde as águas conformavam-se como um lago, quase à beira do mar, cedendo lugar, por razão disto, à denominação de Ladeira de Água Brusca. Com o tempo, como se assemelhava a um lago, era usada para banhos diários pelos garotos da região, razão pela qual o local passou, também, a ser denominado de Água de Meninos. Ali, nos tempos modernos, foi instalada a monumental feira da cidade, que, por sinal, foi totalmente devorada por um inconcebível incêndio. Hoje, a grande feira funciona um pouco mais adiante, em São Joaquim. Também a beira-mar.
Igreja Matriz de Nossa
Senhora de Brotas
Situa-se no bairro do mesmo nome, Brotas e foi construída no século XVII, mais precisamente, em 1714. O seu estilo é o colonial. Inicialmente, foi chamada de Igreja de Nossa Senhora das Grotas. No entanto, a linguagem popular acabou transformando o seu nome do bairro em “Brotas”. Foi o Arcebispo D. Sebastião Monteiro da Vide que criou a freguesia de N.S. de Brotas. Ha uma data no arco central da gafilé que se refere a uma reforma do ano de 1823, quando a igreja foi ocupada pelas tropas que consolidaram a independência, e quando as imagens foram transferidas para a Igreja e Nazaré.
Igreja de Nossa Senhora
da Piedade
Situa-se na Praça da Piedade e foi
construída em 1854, século XIX, em estilo gótico. Na época da independência, a
pequena capela era nicho para a qual se voltavam as preces com o objetivo de
dar vazão à aflição das mães, bem assim à esperança dos humildes pescadores,
como precursores da nossa liberdade. É a razão da denominação.
Catedral Basílica
Primacial de São Salvador
Localizada no Terreiro de Jesus, como
anteriormente mencionado, o bairro é do Pelourinho, no Centro Histórico, teve a
sua construção no Século XVI, mais precisamente, em 1572. O seu estilo é o
Barroco e tem como destaque as imagens de Jesus Crucificado e o Sagrado Coração
de Jesus. Em verdade, essa é a igreja mãe de todas as demais na Circunscrição
Eclesiástica de Salvador da Bahia, exatamente onde está a cátedra do Arcebispo
Metropolitano Cardeal Primaz do Brasil.
Os 372 templos
católicos de Salvador
Dentre todos esses templos, quatro são basílicas, 101 paróquias, e se espraiam em 680 comunidades católicas e 3 diaconais. Todo esse conjunto encontra-se sob a estrutura da Arquidiocese. Sendo essa arquidiocese parte integrante também da estrutura administrativa hierárquica da Igreja católica, como porção do povo de Deus destinada ao pastoreio de um Bispo. E foi em 1676 que o sacerdote titular da arquidiocese recebeu o título de Primaz do Brasil.
Todo esse acervo que constitui a
história, moldada pela especial arquitetura e movimentada pelas festividades e
pela devoção é que faz de Salvador um polo muito importante para o turismo
religioso, no país. Pelo que se pode conceber destaque à Basílica do Bonfim, à
Igreja e convento de São Francisco, ao Santuário de Irmã Dulce e à Catedral
Basílica. Até porque muitas desses templos são tombados pelos órgãos próprios.
Por sinal, o templo dedicado à Irmã Dulce – instalado no Largo de Roma, no
prédio onde, originalmente, funcionou um cinema – foi o último surgido em
Salvador, até hoje.
A baianidade de Dorival
Caymmi
Aqui se encontra uma parcela da
riqueza da Bahia com as suas igrejas, que, na voz de Dorival Caymmi, seriam
365. E era assim que ele cantava:
“365 igrejas, a Bahia tem.
Numa eu me batizei,
na segunda eu me crismei,
na terceira eu vou
casar com a mulher que eu quero bem.
Se depois que eu me
casar,
me nascer um bacuri,
vou embora pra Bahia
vou,
vou batizar no Bonfim.
Mas se for me parecendo
que os meninos vão
nascendo,
por cada uma igreja que
tem lá,
sou obrigado a comprar
minha passagem
pra voltar pra cá, não
é.”
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