O mais importante evento do turismo brasileiro

Realizado pela iniciativa privada

(CARLOS CASAES E CARLA MARIA)

 


Não tenho a menor dúvida em afirmar que o FESTURIS é o maior e mais importante evento do turismo brasileiro, realizado pela iniciativa privada. Tanto assim que sobrevive sempre crescendo e inovando, já há cerca de trinta e três ano. A sua sobrevivência, apesar de toda a dificuldade imposta pela “pandemia”, mantendo não somente a sua extrema qualidade, mas e sobretudo assegurando a presença sempre de um muito especial público profissional participante.

Não é possível esquecer que, por volta do meado da década de oitenta, por consequência do meu envolvimento com a Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo – ABRAJET – à época – tive a felicidade de conhecer duas jovens que, além de muito belas, já mostravam sua eficiência e capacidade profissional. Eram elas MARTA ROSSI e SILVIA ZORZANELLO. Ambas atuando, então, como integrantes da equipe dirigente desde o Hotel Serra Azul e até o Hotel Serrano, na bela cidade gaúcha de GRAMADO.

Uma ideia que, surpreendentemente, prosperou

Pela extrema afabilidade de ambas, iniciou-se um relacionamento que a vida nos propiciou perdurasse em crescendo de respeito e admiração ao longo dos anos. Mas, em torno de 1989, fomos – tanto eu como os demais companheiros – surpreendidos pela notícia de que MARTA e SILVIA estavam deixando as hostes da hotelaria para investir, corajosa e decisivamente numa iniciativa que resultaria em um evento da maior relevância.

Inspiradas pela identificação da grande importância do turismo de negócios, fixaram-se na ideia irremovível de apostar naquela opção, pelo fato de perceberem de que aquele setor do turismo brasileiro estava deixando um grande vácuo. Pois se identificava com um potencial impressionante, ao lado de que, imaginaram, seria o ensejo de, também, propiciarem a Gramado a oportunidade de ter ainda mais e expressivamente estimulado o seu turismo que, à época, já se fixava com excepcional vocação, tamanha o seu natural potencial.

Hoje, decorridos 33 anos, no curso da convocação do setor turístico a prosseguir no processo de construção, sentiram a necessidade de perseguir a transformação. Nem mesmo a tão transtornadora pandemia impediu que a ideia feita realidade prosseguisse na sua caminhada acelerada. Porque, diante da ameaça de afastamento das pessoas, por conta da preocupação com o contágio, apostou na eficiência da vacina para proteger a todos quantos investiam no mesmo sentido.

A obstinação de Marta Rossi que, já há alguns anos viu-se isolada com o lamentável desaparecimento da SILVIA, não se arrefeceu. Tanto assim que, já em 2021 uma nova era parecia ser vislumbrada, pois registrou nada menos do que 8.000 participantes, com a suprema garantia das mais de duas mil marcas expostas o que, aliado ao número de agendamentos, superando os 10 mil, foi a demonstração maior de que o evento havia chegado para ficar. Conquanto as intempéries da vida percorressem caminhos diversos.

A obstinação de Silvia e de Marta comprovou de que o turismo de negócios guardava potencial irrecusável, como extremo gerador de emprego e renda.  E em outubro de 1989, 11 a 15 – diz a história – a primeira investida ocorria no pavilhão de esportes, ligado à Prefeitura da cidade. Então, os números já anteviam uma caminhada de glórias: 2.500 participante, 1.200 m² de área, 4 destinos internacionais e 160 marcas expostas.

O mundo aderiu

Com apenas cinco anos de realizações, os resultados já se mostravam mais que animadores, porque comprovando a felicidade da ideia. Já naquele ano, as iniciativas geravam belos frutos, com repercussão no próprio Brasil, mas e sobretudo no exterior, o que se materializou com a realização do 1º Salão do Turismo do Cone Sul, destinado a integrar os países vizinhos.

No entanto, a primeira significativa mudança viria a ocorrer na décima edição do Festival: a feira deixou de ser realizada no pavilhão de esportes para se transportar definitivamente para o recém-inaugurado Centro de Feiras de Canela. Foram 3.500m² de área que resultou no crescimento do número de visitantes, alcançando 5.000.

No entanto, a feira retornaria a Gramado, em local maior, este com 7.500m² de área construída, o que representava o dobro do espaço então utilizado. Além do estacionamento destinado a nada menos do que 400 veículos. No entanto, o Congresso, tradição que era mantida ás sextas-feiras e sábados, ocorreu, então, nas dependências do Hotel Serra Azul. O evento marcava, pois e ainda, o lançamento do Salão do Turismo do Rio Grande do Sul, bem assim o Salão de Negócios Ugart (União Gaúcha de Representantes Turísticos).

Em mais uma demonstração de ousadia, e de coragem, decidiu-se pela mudança da Feira de Negócios para o imponente Centro de Feira e Eventos, incialmente com a ocupação de espaço com 9.000m² dos dois pavilhões. Foram, então, mais de 30 destinos internacionais, além de 1.100 marcas expostas, destacando-se a presença da Ásia de da África. Tanto quanto foi ousado o tema do Congresso: “Começa a era do turismo espacial e dos negócios turísticos do futuro”. Oportunidade em que uma empresa norte-americana especializada demonstrou os seus serviços.

Por enquanto prosseguia na busca de sempre inovar. Tanto assim que repetiram a dose com o Salão de turismo Cultural. A repercussão absoluta do evento materializava-se com a presença de profissionais da comunicação, especialmente do exterior, o que se materializava em mais de 200 profissionais da imprensa. Iniciativa que se destinava a reconhecer a importância dos colaboradores, inaugurava no saguão de entrada do Serra Park, e pela primeira vez, a Galeria dos Homenageados com o troféu: Amigos do Festival.

Golpe inesperado

Foi precisamente no dia 17 de julho de 2010 que o Festival, sobretudo os seus realizadores, foram atingidos por um golpe irrecorrível: deixava este plano uma das suas duas criadoras daquele tão vitorioso evento: SILVIA ZORZANELLO. Por conta do que – e herdando a grandeza da presença da mãe – assumiu o seu lugar o filho EDUARDO. Na mesma oportunidade, ingressou na direção do grupo MARCOS VINICIUS filho da Marta.

E o evento, nem por isto, deixou de prosseguir na sua caminhada ascendente, crescendo e crescendo. Na 22ª edição assim se comportaram, pois alcançaram 2.200 marcas em exposição, para 13.000 visitantes profissionais. Tudo isto exposto numa área de 17000m². Já, então, lá se encontravam 250 jornalistas profissionais do Brasil e do exterior. Naquele ano de 2010 inaugurava também novas áreas de importância no segmento, como a “Destinos em Destaque”, que passou a ocupar mais um pavilhão do Serra Park.

Um setor que, a cada passo, passava a merecer maior atenção, foi o de Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições, conhecido popularmente como o MCE, conquistando um Salão especial. Então, ocorria parceria com a ABEOC – Associação Brasileira de Empresas Organizadoras de Eventos.

Também naquela 26ª versão, aconteceria o lançamento do Salão de Parques e Entretenimento, bem assim o Buyers Club. Sempre com o objetivo de potencializar o turismo de negócios, tendo como objetivo maior a aproximação dos profissionais com os expositores.

Nunca se afastou da inovação


Perseguindo a sua extrema vocação inovadora, em 2016 foi lançado no FESTURIS o “Espaço Luxury”, então destinado a promover encontros entre as empresas e os seus respectivos e potenciais compradores. Era um setor a privilegiar um público diferenciado, que se encontra acima das crises econômicas. Então, para comprovar a importância que o seu crescimento exaltava, recebeu o selo de Feira Mais Acessível do País. Aproveitando a oportunidade, então promoveu a vinda ao Brasil de mais de 200 “Hosted Buyers” de inúmeros países.

Foi, ainda, na 28ª edição que começou a desenvolver o projeto Embaixador FESTURIS, que seria uma parceria com promotores do turismo gaúcho, com o objetivo de que pudessem auxiliar na divulgação do evento entre demais os profissionais do setor.

Mais de três décadas de crescimento, o que lhe vem credenciando como um evento a nível dos maiores acontecimentos internacionais do setor. Quando comemorou a sua 30ª edição, a Feira ocupava uma área de 24.000 m², expondo nada menos do que 2.500 marcas e recebendo a visita de 15.000 profissionais do Brasil e do exterior. Além da marca de 65 destinos internacionais. Com uma geração de R$300 milhões de negócios. Então, compareciam nada menos do que 450 jornalistas profissionais e influenciadores, correspondendo à realização de 250 palestras e workshops.

Merecida Homenagem

Quando Gramado, a Serra Gaúcha, o Rio Grande do Sul e todo o Brasil comemoravam a realização da 30ª versão do FESTURIS – Festival de Turismo, os Jornalistas da CONFRARIA NACIONAL DE JORNALISTAS DE TURISMO, na minha companhia e credenciados por mim, entregaram à MARTA ROSSI, que se fez acompanhar do seu filho MARCOS e do filho da SILVIA, EDUARDO, um exemplar do CATAVENTO DE PRATA. Este foi o troféu criado por mim e por ANTONIO ROBERTO PELLEGRINO com o qual, durante 40 anos, nós, da GAZETA DO TURISMO, comemoramos o Dia Mundial do Turismo, homenageando aos “Melhores do Turismo Brasileiro”, na consagrada “Noite de Gala do Turismo Brasileiro”. Festa que chegou a ser realizada, também em Lisboa – Portugal, na versão “Noite de Gala do Turismo Luso-Brasileiro”. Num dos primeiros anos da consagrada comemoração, tanto SILVIA quanto MARTA chegaram a ser homenageadas com o aludido troféu numa noite no Hotel Meridien, nesta Cidade do Salvador.

Historicamente, venho sendo testemunha dessa fantástica realização desde o seu primeiro ano, somente deixando de estar em Gramado, quando da sua realização, por conta, em 2014, do falecimento da TEREZA, e nestes dois últimos anos, por conta da “Covid”.

Comentários

Mensagens populares deste blogue