O desenvolvimento do ciclismo no mundo

(CARLOS CASAES e CARLA MARIA)


O Ciclismo, no Brasil, ainda não alcançou o nível de desenvolvimento já observado em inúmeros outros países, a exemplo daquele tantos da Europa. Verdade de que, nos muitos anos, em virtude da necessidade de facilitar o deslocamento, sobretudo para o trabalho, ou mesmo para a escola, vários Estados já se têm dedicado a promover condições de trânsito nas suas vias, como no estabelecimento das ciclovias.

Aqui na Bahia, mesmo, em Salvador, precisamente, a Prefeitura Municipal, nos últimos anos, tem se dedicado a estabelecer ciclovias nas principais artérias, uma vez que tem sido crescente a quantidade de pessoas que têm optado pelo uso desse individual meio de transporte. Inclusive com toda a necessária sinalização de trânsito para ordenar o seu uso. Como ocorre, também, nas vias que não permitem espaço para ciclovias, insistentes avisos para que os motoristas observem a possibilidade da circulação de ciclistas.

Prova do mundial no Brasil

Hoje, Salvador, na Bahia, conta com nada menos do que 310 km de ciclovias. Em apenas 8 anos, o crescimento da quantidade de ciclovias alcançou 610% na capital baiana, porquanto, em 2012 só haviam simplesmente 38 km.

São Paulo é outra cidade que se tem dedicado a ampliar, cada vez mais, a quantidade de ciclovias, como também o Rio de Janeiro. Aliás, embora o esporte não se tenha desenvolvido tanto entre nós, a verdade é que uma das provas da Copa do Mundo de Ciclismo é destinada ao Brasil, mais precisamente a Petrópolis, no Rio.

Eu adotei este tema para alguma reflexão em virtude de vir sendo um frequentador habitual dos programas televisivos que promovem essa forma de transporte individual. Frequentemente, assisto, até empolgado, as provas que se desenvolvem em diversos países europeus, o que me motiva a nostalgia, por recordar de tantas as oportunidades em que circulei, sobretudo pela Europa Ocidental.

Minha experiência no turismo europeu

A importância do ciclismo para o europeu eu testemunhei em todos os momentos que por lá estive tergiversando, tanto nos limites das cidades como em competições pelo interior. A exemplo de que, em torno de 1965, quando, encontrando-me em Portugal – mais uma vez – por conta da realização da festa lusitana do CATAVENTO DE PRATA, deslocava-me em demanda ao Algarve.

Vale lembrar de que, sempre que chegava em Lisboa, ao desembarcar, no aeroporto mesmo, alugava um carro. Na oportunidade, então, estava eu na companhia da saudosa TEREZA e de CARLA, num veículo, enquanto, em outro, seguiam-nos HELENA (viúva de Antônio Roberto Pellegrino), suas filhas SANDRA e GEOVANA, bem assim PAULO, o esposo da última. A certa altura, antes mesmo de alcançarmos ÉVORA, fomos interrompidos por uma “barreira” na estrada. Sem conhecer as razões daquela parada, tivemos que “curtir” uns 20 minutos estacionados num entroncamento. Foi quando divisamos algumas motos que encabeçavam uma “corrente” de dezenas de ciclistas: era, portanto, uma competição daquele esporte.

Como esporte, a importância do ciclismo alcança tal ponto que, regularmente é realizada a sua Copa do Mundo. A deste ano está acontecendo e terá conclusão no mês de setembro. Por acaso, como já pontuei anteriormente, uma das provas foi destinada para o Brasil, mais precisamente repito: Petrópolis, no Rio.

Na verdade, o ciclismo europeu e desenvolvido pela European Ciclists Federation, rede de ciclovias que começou a ser desenvolvida desde 1990, em pareceria com a britânica Sustrans, bem assim a holandesa FrieFugle – Eurovelo, constituindo 15 rotas.

A Copa do Mundo de ciclismo

Mas a Copa do Mundo de Ciclismo desenvolve-se entre: Albstadt, na Alemanha – Nose Mesto, na República Tcheca  - Fort William, no Reino Unido – Leoganga, na Áustria – Mezerheide, na Suiça – Valbuord, em Andorra – Ssnowshol, nos Estados Unidos – Mont Sainte-Anne, no Canadá – e Val de Sole, na Itália.

A principal razão que me faz “habitué” das transmissões ciclísticas é poder me deleitar com a paisagem europeia, tanto do campo como das próprias cidades por onde circulam. Pois são inúmeros os tours mais famosos, como o Tour da França, este ano constituindo o 109º.

Ciclismo total na Holanda

A Holanda, por exemplo, é o país em que mais se pratica e desenvolve o ciclismo, este sobretudo como meio de transporte. No caso, por sinal, a Ciclovia Brilhante é uma importante realização, por sinal inspirada numa obra de Van Gogh, “Noite Estrelada”. No caso, o seu sistema de luzes é alimentada por energia solar. Por enquanto, já são 2 km. Por acaso, é a ciclovia Van Gogh Roosegaarde. Nas oportunidades em que estivemos, sobretudo em Amsterdam, pudemos testemunhar o uso insistente do ciclismo como meio natural de transporte.

Pela Áustria acontece a Ciclovia do Danúbio, na condição de uma das mais populares da Europa, que transita entre Passau e Viena, durante excepcionais 300 km.

Já na Noruega, o ponto curioso está na Trosllstigen (a escalada dos Trolls) que se desenvolve à sombra de uma cadeia de montanhas, a Trollveggen (Parede de Trolls), e a cachoeira de Stigfossen, entre os meses de maio a outubro.

A paisagem rural francesa

Um dos maiores destaques na França é para aqueles que amam o vinho, pois o circuito proporciona pedalar pela Alsácia, por entre as plantações de uva, até permitindo visita às mais destacadas vinícolas da região. É o destaque pelo Vale do Loire, por onde circulam, anualmente, cerca de 700 mil ciclistas. No percurso, são visitadas cidades como Amboise, Chinon, Chambord e Chenoneau.

Portugal não fica atrás, pois exibe a sua Serra do Gerês, no Parque Nacional de Penedo-Gerês, como um dos mais preferidos para a prática do ciclismo. O seu percurso é tão rico e extenso que pode durar durante até 4 dias.

43 países na rede de ciclovias EuroVelo

Um dos mais importantes destaques do ciclismo na Europa, no entanto, é a iniciativa da Federação Europeia de Ciclismo com a criação do EuroVelo espaço que está construindo, numa rede de ciclovias que, somente, se estende por 70 mil quilômetros, com o que proporciona a interligação entre nada menos do que, também, 43 países no continente europeu.

Na realidade, são 15 rotas de cicloturismo que permite a cobertura da Europa Central, bem assim o Reino Unido, a Escandinávia e vários outros pontos do continente. A exemplo de Viena a Budapeste, circuito que passa também pela Bratislava. A EuroVelo 13 é a maior de todas, com 10.400 km, pelos quais conecta 20 países, desde a Noruega e até a Turquia.

Como é facilmente identificado: indiscutivelmente, o ciclismo faz parte da cultura cotidiana dos europeus.

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