MONTE CARLO: o mais luxuoso bairro de MÔNACO

(Carlos Casaes e Carla Maria)

Era o ano de 2004. Depois de ocorrer dois momentos contrastantes, mas de expressão inconteste (o falecimento de meu irmão HÉLIO, no dia 22 de janeiro, em Lisboa, e a realização, no mês de abril e na mesma capital europeia, da “Primeira Noite de Gala do Turismo Luso-Brasileiro”), houve a oportunidade de – com o grupo que seguiu daqui da Bahia para participar do evento [minhas queridas Tereza e Carla, mais Helena (esposa de A.R. Pellegrino), as filhas Sandra e Geovana, esposo desta, Paulo, e Iza Guimarães – autora do troféu CATAVENTO DE PRATA] – visitar Nice, no sul da França, a convite dos organismos do turismo local. Por oportuno, tivemos o feliz ensejo de promover uma estada nada menos do que em MÔNACO, mais precisamente, em MONTE CARLO. Foi uma experiência fantástica, pois tivemos o ensejo de conhecer aquele protetorado muito especial e famoso, circular por todas as suas principais atrações, inclusive e sobretudo passando pelo badalado circuito de Fórmula Um em que foi absoluto “Rei” o nosso mais do que famoso piloto AIRTON SENNA. Por consequência, é sobre aquele enclave no sul da França que vamos, hoje, perseguir.

Monte Carlo, o mais exaltado bairro de um protetorado

Monte Carlo é o mais luxuoso e famoso bairro de Mônaco, como também é um dos maiores destaques internacionais, destino quase obrigatório de todos os que têm a oportunidade de visitar a França, sobretudo o sul com Nice e outros atrativos. O seu glamour é proclamado universalmente, como também ficou ainda mais “badalado” com o sucesso repetido pelo brasileiro AIRTON SENNA em suas famosas pistas de Fórmula 1. Tanto quanto pelos seus muitos cassinos. Luxuosa estância abriga, normalmente, celebridades que circulam pelas suas noites, pelas suas praias e pelos seus tantos bares da alta sociedade.

Um certo guia de turismo realizou uma pesquisa em 2009, em que revela que os seus imóveis seriam os mais caros do mundo, por conta do que apenas um cm² teria o custo da “bagatela” de US$47.578. Esse valor consistia em mais que o dobro de uma segunda cidade colocada, que era, então, Moscou. É de se atentar para o fato de que os seu bairros são, preferencialmente, constituídos por imóveis no estilo vitoriano.

Ainda vale a observação de se ver que, na sua história, consta que o seu nome vinha a ser uma homenagem ao príncipe Carlo III de Mônaco. E essa denominação ocorre desde 1º de julho de 1866. No entanto, até 1861, aquele principado encontrava-se sob a proteção, na realidade, do Reino da Sardenha, quando a língua corrente era a italiana.


Oficialmente, o ”Principado de Mônaco” é uma cidade/estado soberano, em realidade, um microestado que está situado ao  sul da França, a menos de 20km a leste de Nice, como também a 20km da cidade de Ventimiglia, na costa do Mediterrâneo. Principado que foi fundado em 1207 pela Casa de Grimaldi. Por sinal, mantendo até hoje a sua soberania. Sua área total abrange aproximadamente 202 ha (2,02km²). É de se observar, ainda, de que se trata do menor estado do mundo. Em dimensão, fica atrás, apenas, do Vaticano, com 44 ha de área. Ao lado de ser, por outro lado, o estado com maior densidade populacional do mundo.

De outra sorte, observe-se de que a sua forma de governo é uma monarquia constitucional, em que o monarca sua alteza sereníssima, é o Príncipe Alberto II de Mônaco.

Mas não é o único microestado da Europa

Na realidade, Mônaco constitui um dos seis microestados na Europa – os outros cinco são: ANDORRA, LIECHTENSTEIN, MALTA, SAN MARINO e CIDADE DO VATICANO - além do que se manifesta como um dos 24 no mundo. Há mais de 27 séculos que vem sendo governado pela Casa de Grimaldi, ao lado de se constituir em uma das 48 atuais monarquias existentes. A sua população tem nos seus nativos, os monagueses, uma minoria, uma vez que constituem apenas em 21,6% de habitantes, sendo, destes, 28,4% de franceses e 18,7% de italianos.


O Cassino de Monte Carlo foi o primeiro estabelecimento do gênero aberto ali, o que aconteceu no final do século XIX. Da mesma sorte como consta daquela mesma época uma conexão ferroviária com Paris. Foram esses acontecimentos que o levaram a se constituir no especial centro turístico e de recreação para as pessoas mais abastadas. Por conta do que, da mesma sorte, nos últimos anos veio a se manifestar num muito importante centro bancário.

Na realidade, a sua economia encontra-se diversificada entre o setor de serviços e de pequenas indústrias, mas de elevado valor agregado, além de não serem poluentes. Um outro elemento particular da sua organização tributária é que, lá, não existe o imposto de rendas e os seus impostos comerciais são muito baixos. Sendo, no entanto, conhecido como um país fiscal.

“Fórmula 1” a grande atração


Um evento que vem contribuindo, nos últimos anos, para a sua extraordinária promoção é a Fórmula 1, cujo circuito de Mônaco ganhou as manchetes em todo o mundo depois de que o brasileiro Airton Senna conquistou três das suas disputas seguidas, antes de morrer. Bem como é o local onde ocorreu, praticamente, o nascimento do piloto da Escuderia Ferrari, Charles Leclerc. O futebol também é uma de suas grandes atrações, até porque o seu representante AS Mônaco já conquistou o título de campeão francês por diversas oportunidades. Além de todas essas atrações, é o local, do mesmo modo, da sede do World Music Award.

Apesar de todo o seu prestígio e importância no cenário internacional, não se constitui como membro da União Européia. No entanto, consegue participar de alguns momentos políticos do bloco, como é o caso do controle alfandegário, como também de fronteiras. Da mesma sorte entenda-se usa o Euro como a sua única moeda (anteriormente, a sua moeda, em verdade, era o monegasco).

O seu ingresso no Conselho da Europa, contudo, ocorreu no ano de 2004. Ao lado de toda essa situação, constitui-se, da mesma sorte, como um membro da Organização Internacional da Francofonia.

O “Carlo” abreviando o “Carlos”

Na realidade, a denominação de Monte Carlo seria, originalmente, Monte “Carlos”, porquanto a nomenclatura deriva de Monte Carlos, pois é consequência da homenagem que foi prestada, então, ao Príncipe Carlos III, de Mônaco. Ocorre que, no século III, o principado enfrentava, na realidade, algumas dificuldades de cunho econômico. Em 1856, então, Carlos III teria concedido uma licença para que ali fosse construído um cassino, cujo objetivo teria sido de que o local pudesse atrair visitantes. E, por consequência, pudesse também, gerar receita.

Em verdade, o cassino chegou a ser inaugurado no ano de 1861. A consequência surpreendente foi que a região passou a ser extremamente impulsionada em virtude da construção de hotéis luxuosos, como também, de edifícios. Aquela nova situação foi que, por fim, transformou Monte Carlo num destino especificamente para os ricos.

Com o correr do tempo e ao longo do século XX – mais recentemente, portanto – Monte Carlo experimentou a sua extraordinária expansão, como se fosse, na realidade, um grande resort de luxo. O que lhe valeu a especial atração do público internacional.

O surgimento do distrito em si

Na realidade, porém, o distrito de Monte Carlo foi instituído no ano de 1911, na oportunidade em que, em verdade, o principado foi dividido em três municípios. No entanto, estranhamente, no seguinte ano de 1917, os três municípios chegaram a ser, mais uma vez fundidos, o que, por via de consequência, foi constituído Mônaco, na forma como hoje é conhecido. Em razão do que, também, Monte Carlo ser considerado como um dos seus principais bairros.


Nos dias que correm, Monte Carlo transformou-se num dos mais destacados destinos da Riviera Francesa, merecendo todo o destaque pelo seu extraordinário e surpreendente “glamour”. O que lhe é proporcionado pelos seus tantos edifícios históricos, bem assim pela sua capacidade de atrair visitantes do mundo inteiro.

Mas a verdade é que a história de Mônaco na qualidade de um estado independente vai buscar as suas origens na República de Gênova. E ocorreu pelo fato de que o Sacro Império Romano concedeu Mônaco aos genoveses. Portanto, foi mais tarde que a família genovesa de Grimaldi o manteve ao longo de todo o século XIII. Posteriormente, então, foi que acabou se transformando no principado.

Algumas estranhas destinações


No que respeita mesmo à constituição física da área em que se encontra, é de se observar o fato de que a sua localização constituía uma situação de valor estratégico considerável, com a sua especificação no Rochedo de Mônaco, que se concentrava no principal marco geológico de toda aquela área. Até porque teria servido mesmo de abrigo para os povos antigos. Posteriormente, da mesma sorte, passou a se constituir numa autêntica fortaleza.

O que se deve observar, da mesma sorte é que uma parte da história da Ligúria, a partir da queda do Império Romano, do século XIV ao início do século XV, aquela área chegou a ser disputada, sobretudo, em razão de questões políticas. Desde aqueles momentos – tendo-se como exceção, no entanto, um breve período da ocupação francesa – teve a sua permanência assegurada na Casa de Grimaldi.

 A partir da década de 1860 foi que a sua economia concentrou-se no turismo, até o momento em que o seu território chegou a ser ocupado pelas potências, então consideradas integrantes do EIXO. O que ocorreu durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Já após a sua libertação daquele esquema político de então, Mônaco teve que desenvolver muito esforço para conseguir assegurar a sua independência política desgarrada da França. O seu reconhecimento pela Organização das Nações Unidas veio a ocorrer, então, em 1993. Embora, como já afirmado, utilize como moeda o Euro, não integra, no entanto, a União Europeia.

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