O percorrer do tempo não nos impede de fazer justiça
(CARLOS
CASAES e CARLA MARIA)
Por
vezes, somos levados a cometer equívocos, seja por excesso na emissão de
conceitos e opiniões, ou mesmo no relato de fatos diversos. Nunca raro essas
omissões geram injustiças, quando refletem a ausência do reconhecimento aos
valores de determinadas personalidades. Claro, tais omissões são involuntárias,
não carregam em seu bojo a intenção. Nem por isso, contudo, deixam de incorrer
em injustiça. Ainda que reconheçamos, em algum momento, a importância daqueles
que estiveram distantes de ser mencionados.
Foi o
que ocorreu comigo quando relatei tantos episódios da minha vida no meu quarto
livro, “PATRANHAS DE UM VIAJOR”. Embora se encontre no seu conteúdo a
referência episódica a tantas centenas de personalidades, as quais figuraram ao
longo destes meus 88 paços tão bem percorridos, deixei de lembrar do quanto
foram importantes na minha trajetória dois queridíssimos companheiros.
Reconheço de que a omissão é
imperdoável. No entanto, conforta um pouco esse descuido lembrar-lhes a
presença ainda em tempo e de forma a que possa contornar esse pecado.
Porque, não posso deixar de
reconhecer o fato de que essas duas figuras tão especiais constituíram presença
valiosíssima na minha trajetória, e permanecem como dois dos mais queridos
parceiros. Estou me referindo a HERMES CARVALHO e a EDUARDO TAWIL,
esse nosso querido, simplesmente, DUDA.
Se a ideia da edição da GAZETA
DO TURISMO, lá pelos idos de 1976, constituiu fato não simplesmente da
maior importância, mas de indispensável configuração na minha vida, a agregação
daqueles dois tão significativos valores profissionais baianos foi fundamental
para que eu tivesse a oportunidade de agregar contribuição valiosa para o
sucesso percorrido por aquela parcela da imprensa especializada brasileira. Que
se atente para o importante fato de que os valores profissionais de ambos,
ainda que consubstanciados em níveis extremos, conduziram-nos a um
relacionamento pessoal que permanece ainda hoje, conquanto os rumos do caminhar
das nossas vidas nos distancie pelo tempo.
Ambos tiveram o começo da
trajetória do nosso relacionamento, praticamente, por absoluto acaso. Andávamos,
então, pelos primeiros degraus da tão exitosa escalada que conduziu a GAZETA
DO TURISMO aos limites tão elevados do seu sucesso. Quando o acaso,
felicíssimo acaso, permitiu-nos aproximar de ambos.
HERMES ensaiava
então os seus primeiros passos no engajamento da fotografia, enquanto DUDA
buscava, da mesma sorte, introduzir-se nos tão excitantes caminhos do
jornalismo. Repito, o acaso, somente o acaso, aliado à ousadia de ambos que
teimavam em preferir aquelas especiais andanças, fizeram chegar até nós naquele
belo espaço que ocupávamos no segundo andar do Hotel Méridién (e onde
permanecemos por maravilhosos 16 anos, somente de lá saindo pelo fechamento do
hotel em consequência de decisão judicial).
A chegada de ambos ao nosso
convívio, cada um de per si, de pronto encantou-nos, a mim e ao HÉLIO
(meu tão querido e saudoso irmão). E, de imediato, os inserimos no nosso
contexto, iniciando um percorrer de estrada que se constituiu num dos mais
belos valores que se agregaram à nossa caminhada.
No entanto, embora
reconhecidos pela extrema competência e pelo valor dos dois, não imaginaríamos
que ambos subiriam tão rapidamente e com tanta competência na escalada do
sucesso pessoal e profissional. HERMES identificando-se na sociedade
baiana como o seu mais consagrado fotógrafo, presente nos mais destacados atos
da vida da cidade. Enquanto DUDA projetava-se como um dos seus mais
competentes redatores. Com uma particularidade de ter sido – como até hoje – o
mais eficiente colaborador da coluna social de JULI, no jornal A Tarde,
tradicional vespertino da família
SIMÕES.
Ambos não se ativeram apenas à
contribuir decisivamente para o sucesso da nossa GAZETA DO TURISMO, mas
nos acompanharam em algumas outras iniciativas, como – por exemplo - no
consolidar da ABRAJET (Associação
Brasileira de Jornalistas de Turismo – seccional Bahia), muito especialmente
quando da realização dos congressos daquela entidade que realizamos no Estado
Se HERMES cedo mostrou-se como o competente fotógrafo da sociedade baiana, DUDA, tão ambicioso quanto lhe seria permitido, demandou-se mais além ao
percorrer novos caminhos internacionais, projetando-se até mesmo na Europa,
mais especificamente, e incialmente, no sul da França, através da atuação
periódica, por tantos anos, especificamente em NICE.
Mas a sua ambição não o aquedaria por ali,
consagrando-se, da mesma sorte, pela sua extraordinária atuação em Portugal, nomeadamente
atendo-se ao Estoril.
Atuação que hoje o consagra como – seguramente – o
mais destacado divulgar das coisas daquela terra, muito particularmente focado no
CASSINO do ESTORIL (que nos faz recordar de um outro e saudosíssimo e
comum amigo, NUNO LIMA
DE CARVALHO – que foi o seu
Diretor por tantos anos).
Mas,
que não esqueça também de um dos mais especiais momentos da nossa atuação, que
se consagrou com a realização das dezenas de “NOITES
DE GALA DO TURISMO BRASILEIRO”,
quando homenageamos as – da mesma sorte dezenas - empresas e personalidades do
turismo brasileiro (sem dúvidas – e permitam-me a imodéstia – o mais belo e
importante evento, naquela estrutura, que o turismo do país conheceu) – com a
premiação do troféu clássico que ficou famoso: o CATAVENTO
DE PRATA.
Aliás
indispensável que lembre ter sido a promoção, até mesmo, exportada para PORTUGAL, onde, pela iniciativa de outro muito especial amigo
– MARIO BRUNI – então Diretor da VARIG para a Europa, com sede em
Lisboa. E não posso deixar de reconhecer de que, mesmo ali, ambos, HERMES (na foto com a esposa, Consuelo, e seus filhos Pedro e Mariana) e DUDA (na foto com nossa queria amiga Ana Maria Siemann), constituíram-se como dois valiosíssimos
colaboradores, nunca ausentes.
Muito embora a distância física nos mantenha
separados, o afeto, o apreço e o reconhecimento nos consolidam como
extremamente reconhecidos. É o tributo que pretendo resgatar com esta mensagem
expressa de reconhecimento.
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