ABRAJET sempre prestigiada

(Alguns acontecimentos que se destacaram)

(CARLOS CASAES e CARLA MARIA)

A ABRAJET – Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, desde a sua fundação a nível nacional, passou, realmente, a representar a classe de profissionais que, com atuação nos meios de comunicação, destinava-se à atividade do turismo como o objetivo do seu desempenho. E, por conta da sua indiscutível representatividade, mereceu sempre as atenções de todos os demais segmentos do turismo no país.

Alguns episódios podem ser destacados como ilustrativos da sua importância no contexto. Um exemplo das atenções e do prestígio que gozava, ocorreu, por exemplo quando da realização de um Congresso da ABAV no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre. Como era praxe em todos os eventos dos diversos segmentos profissionais e empresariais do turismo brasileiro, a ABRAJET comparecia e participava sempre através de uma expressiva representação integrada por profissionais, procedentes das diversas regiões e dos Estados brasileiros.

Acolhidos pelo HOTEL LAJE DE PEDRA



Sem dúvidas de que o grande hotel, 5 estrelas, de luxo, que começou a projetar o circuito GRAMADO/CANELA, foi o LAJE DE PEDRA. Exatamente na extensão urbana que ficava entre Gramado e Canela, os dois mais belos municípios de toda a “Serra Gaúcha”, o hotel teve, e permanece, uma projeção que se destacou, sobretudo naquele momento em que o Estado gaúcho ganhou uma excepcional promoção com a realização do Congresso da ABAV.

Era seu proprietário – que o construiu, por sinal – o empresário PÉRICLES DE FREITAS DRUCK, cuja família se encontra entre as maiores fortunas do país, patrimônio estimado pela revista FORBES em cerca de R$1.40 bilhão, e é controladora do Grupo HABITASUL, que foi fundado em Porto Alegre em 1967. O grupo atua no ramo imobiliário e hoteleiro, inclusive inserido nele o Hotel Jurerê Internacional.

Péricles encontra-se, no momento, com 80 anos (março de 2024). O hotel Laje de Pedra encerrou as suas atividades, por sinal, em 7 de abril do ano passado. O grupo alemão que o adquiriu deverá estar promovendo um investimento da ordem de mais de R$600 milhões com o objetivo de o expandir e revitalizar para alcançar um padrão de hotel “6 estrelas” e proporcionar cerca de 500 empregos diretos.

Estas informações decorrem do fato de que, naquele momento em que o Conselho Executivo da ABRAJET, que eu presidia, estava seguindo para o Rio Grande do Sul, o Péricles, através da sua prima e então Diretora do Laje de Pedra, MARIA TEREZA DRUCK BASTIDE, convidou-nos para que, durante o Congresso da ABAV, permanecêssemos hospedados naquele hotel.

Foi o que, por sinal, ocorreu. Para permitir que pudéssemos participar do congresso da ABAV, que se realizava em Porto Alegre, foi-nos colocado à disposição um “micro-ônibus” que, diariamente, nos conduzia pela manhã até a capital gaúcha, e nos retornava à noite, após a programação oficial.

Uma recepção “5 estrelas”

O hotel, àquele momento, foi o mais importante e o mais primoroso de toda a região. Os seus jantares, por exemplo, eram sempre acompanhados com música ao vivo, para o que sempre havia um revezamento de várias e belas atrações gaúchas.

Ocorreu de que, numa das noites, o próprio PÉRICLES, proprietário do hotel, convidou-nos para um “jantar dançante”. Para o que nos reservou um conjunto melódico do mais especial valor. E esteve toda a noite convivendo particularmente conosco, junto com a sua jovem e bela esposa.

Um fato muito especial, que fugiu da nossa rotina de atuação, ocorreu de que o MARIO SOARES, que, junto ao também querido e saudoso JOSÉ DE ANCHIETA CORREIA, representava, na ABRAJET, o Estado do Piauí, decidiu praticar um ato considerado como simpático e como demonstração de que pretendíamos retribuir aquela tão expressiva companhia.

E o fez convidando precisamente a jovem esposa do Péricles para dançar. Verdade que ficamos todos deveras “espantados” com a coragem da iniciativa do MÁRIO SOARES. Claro, que havia sido um gesto carinhoso para homenagear, especialmente, o nosso anfitrião.

No entanto, eu, para gozá-lo, depois e na nossa intimidade, disse que o PÉRICLES havia ficado “fulo da vida” e decidido a, simplesmente, nos expulsar do hotel, “p da vida” com aquela ousadia. Escusado lembrar de que todo o grupo “caiu em cima” do MÁRIO, gozando-o pela sua coragem naquele ato.

Episódio extremamente desagradável

Na noite da instalação do Congresso da ABAV, em Porto Alegre, mais precisamente no HOTEL PLAZA SAN RAFAEL, os convidados, às centenas, iam chegando ao imenso auditório, enquanto os organizadores davam sequência às providências para cumprimento da programação.

O agente de viagem de São Paulo, ROMAN, era o mestre de cerimônias. E, em determinado momento, cumprindo o roteiro, começou a convidar as autoridades presentes para que assumissem seus lugares na “mesa” que iria comandar a noite. Em certo momento, chamou-me para, na qualidade de Presidente do Conselho Executivo da ABRAJET, ocupar o espaço que era reservado à entidade.

De forma absolutamente surpreendente, quem subiu logo ao palco foi o companheiro PAULO MATOS, de São Paulo. E foi dizendo ao Roman de que, quem deveria estar ali representando a entidade seria ele próprio, pois era o Presidente do Comitê Nacional. Vale esclarecido de que a estrutura da entidade era composta pelo Conselho Executivo (que correspondia à Diretoria habitual da entidade) e Comitê Nacional (integrado pelos Presidentes das diversas seccionais e presidido pelo presidente imediatamente anterior da entidade, com competência, apenas, consultiva).

Convidado a deixar o palco

Evidente que ele era este Presidente do Comitê, pois havia comandado a entidade no período imediatamente anterior. Aquele ato desagradável ocorreu, por consequência, à vista de todo o público já presente e que lotava o auditório. É que o nosso companheiro já estava influenciado por algumas doses do drink que estivesse degustando, então.

Lamentavelmente, foi um vexame pois o ROMAN “pegou-o pelo braço” e o conduziu para fora do palco, assegurando de que o lugar reservado era meu. Isto, à vista de todo o público.

Depois da solenidade de inauguração, houve, evidentemente coquetel e jantar para todos os presentes. Foi quando alguns companheiros me informaram de que ele, ainda mais conduzido pelo álcool, dizia que “se eu tinha a meu favor os meus orixás, ele também tinha os santos protetores dele, e que eu iria ver, então”.

Mais um lamentável episódio, dentre alguns que foram proporcionados pelo companheiro que, a par de ser um profissional muito inteligente e competente, um belo orador, inclusive, vez por outra, deixando-se conduzir pela bebida, dava “vexame”. Não se pode esquecer de ele era de uma inteligência privilegiada, excepcional orador, e que tinha o maior prestígio na comunidade turística de São Paulo.

Este episódio, inclusive, faz-me lembrar de tantos e queridos companheiros que, à época, estavam na ativa, como WILSON MULLER, SENIVAL SILVA, MARIO SOARES, JOSE´DE ANCHIETA CORREIA, JOÃO UCHOA CAMARÃO, WILLS LEAL, VININHA DE MORAES, PAULO MATOS, DIRCEU EZEQUIEL, JOSE MARIO PÍNTO, dentre tantos.

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