A História do futebol em Salvador-Bahia
Desde o Campo Grande, Rio Vermelho e
Campo da Pólvora
(CARLOS CASAES e CARLA MARIA)
Desde que me
entendo “como gente”, sou um admirador incondicional do futebol. A partir de
então, torcedor do Esporte Clube Bahia.
A ponto de, desde 1956, ter ingressado no maravilhoso mundo da “crônica esportiva”. O que ocorreu pelo
convite de ANTÔNIO ROBERTO PELLEGRINO, meu cunhado e compadre. Ele, além
de médico, já era o destacado redator dos Diários Associados em Salvador. A partir
do matutino Diário de Notícias. Tendo eu ainda, algum tempo após, assumido
também a “chefia” da página de esportes do vespertino Estado da Bahia. Ambos do
grupo “Diários e Emissoras Associados”, de propriedade, do jornalista Paraibano
Assis Chateaubriand.
A história do futebol na Bahia é muito interessante. Através das pesquisas, é desse remontar dos fatos que vamos encontrar a informação de que o futebol chegou ao Brasil via São Paulo. E através dos ingleses, pois foram eles os criadores dessa fantástica modalidade esportiva. E ocorreu no final do século XIX, pois, conforme a história, foi o jovem CHARLES MILLER, estudante na capital paulista que, ao chegar da Inglaterra - isto ainda em 1894 – teria trazido na bagagem nada mais nada menos do que bolas de futebol. Em meio a todos os seus pertences, veio, também, um livro contendo as regras daquela modalidade. E é, em virtude desse episódio, considerado como o “pai do futebol no Brasil”.
É ali,
portanto, onde identificamos o início da prática do futebol na Bahia.
O futebol ganhou o
mundo, então
Introduzido
no Brasil, aquele esporte, também, começou a se expandir mundo afora. Há quem
aponte ter aquele novo esporte aqui praticado antes daquele período. O que
teria ocorrido por meio de ingleses vinculados a empresas, evidentemente,
também inglesas. Como, da mesma sorte, são mencionados até marinheiros
estrangeiros que, quando chegados ao Rio de Janeiro, invariavelmente
frequentavam às praias cariocas. Antes mesmo da chegada do Charles Miller. A verdade
é que existem pesquisadores que admitem que o futebol houvesse chegado ao
Brasil antes mesmo de 1894. Da mesma sorte como se deve admitir de que,
verdadeiro o fato, não chegou a ter repercussão.
E são os historiadores do futebol baiano que asseguram que operários, juntos com a própria elite, já disputavam torneios. Porquanto era a Liga Bahiana de Desportos Terrestres, considerada como a “Liga dos Brancos”, na qual já se identificava, por exemplo o Internacional, integrado por ingleses residentes em Salvador. Já o Vitória, que existia àquela época, pode ser considerado como o primeiro clube de futebol do Brasil. Embora, tanto o Internacional quanto o Vitória tivessem iniciado com a prática do “críquete”. Que era uma modalidade esportiva da Inglaterra medieval. O Vitória, bom que se evidencie, também destinava muito mais atenções ao remo.
Ali, de começo,
aquele esporte “bretão” era praticado onde hoje se encontra o Campo Grande. E
eram os estrangeiros que residiam na conhecida rua “Banco dos Ingleses”, situada bem em frente ao antigo Hotel da Bahia
– hoje WIsh. Os praticantes eram os
jovens integrantes de uma elite industrial e comercial, moradores das antigas
mansões da, então, “Estrada da Vitória”,
hoje conhecida como “Corredor da
Vitória”. Era quando os trabalhadores despertavam para aqueles jogos
curiosos.
A seguir, o
novo esporte chegou a ser praticado na Praça
Colombo, no bairro do Rio Vermelho, passando ao tradicional Campo da Pólvora. Estima-se que, no dia
19 de abril do ano de 1904, estivadores teriam criado o Sport Club Sete de Setembro (percebam a caligrafia em inglês –
àquela época, os clubes eram grafados em inglês), o que teria ocorrido mais
precisamente na Rua da Faísca, ali no Largo Dois de Julho. Teria sido, então, a
origem do Esporte Clube Ypiranga, o
que ocorreu em 1906. Junto com o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, fora um
pioneiro, inclusive pela particularidade da admissão de atletas negros.
O incrível racismo
Àquela
época, eram consideráveis os imigrantes espanhóis em Salvador. Entre eles, os
comerciantes Francisco Pazos González e Agustin Baqueiro, que, aos domingos,
travestiam-se de atletas do Galícia Esporte Clube, agremiação mantida, por
sinal, pela colônia espanhola. Sua fundação, é fato, ocorreu em 1º de janeiro
de 1933. O Francisco, por sinal, atuava com o pseudônimo de Macoco. Àquela época, a colônia
espanhola era tão expressiva que chegou a instalar, em Salvador, o Hospital e o
Clube Social Espanhol.
Um fato
curioso que é revelado pela história é que o filho baiano de Baqueiro, Arnóbio,
aos 8 anos, para assistir aos jogos do pai, tinha que trepar no telhado da
Padaria Rio Branco, ao lado do Campo da Graça. Uma outra particularidade, era o
fato de que, então, nas competições só usavam uma única bola. Fato que exigia a
um funcionário busca-la quando caia na rua. Curiosidade: por conta do Galícia ter
conquistado o título de vice-campeão, no ano de 1938, sofisticou-se a ponto de
ser importado da Espanha o goleiro profissional José Tunei Cavalieri,
conhecido como Talladas. Foi em 1937,
quando o Galícia conquistou o título de campeão. Aquele mesmo atleta, posteriormente, foi atuar pelo Flamengo do
Rio de Janeiro. Já em 1943, o Galícia
sagrou-se tri-campeão baiano.
Pelo êxito
que alcançara, o mesmo Galícia foi contemplado com o apelido de “Demolidor de Campeões”, tais os resultados
positivos contra o Botafogo e o Ipiranga.
Até porque,
aqueles mesmos clubes, entre os anos de 1917 e 1930, juntos, conquistaram os
títulos de 12 dos 14 campeonatos. O que somente foi interrompido pelo Esporte
Clube Bahia, que foi fundado, em janeiro de 1931, pelos jogadores egressos do Clube Baiano de Tênis e da Associação
Atlética da Bahia, cujas equipes haviam sido extintas (o que vai contado, inclusive,
no meu livro “BAHIA DE TODOS OS TITULOS”).
A grande novidade do
Campo da Graça
Inicialmente,
as competições de futebol eram realizadas, de início no “Campo Grande”, depois
no Rio Vermelho, bem assim no Campo da Pólvora. No entanto, o Engenheiro ARTHUR
MORAIS, à frente de um grupo, adquiriu um terreno no bairro da Graça,
que era da família Rêgo, com o objetivo de construir um estádio.
Por conta do
que, ARTUR
MORAIS e amigos conseguiram reunir recursos suficientes para, em 15 de
novembro de 1920, inaugurar, finalmente, o “Estádio da Graça”. Evento que, por
sinal, contou com a presença do, então, Governador JOSÉ JOAQUIM SEABRA. Com
o falecimento, adiante, de ATHUR MORAIS, o estádio passou a
adotar, em sua homenagem, o seu próprio nome.
Àquela
época, na parte da “geral”, os assentos do estádio eram de madeira, a exemplo
das arquibancadas de um circo. No entanto, na parte social, mais nobre, a
arquibancada postava-se em dois andares, mesmo em madeira, mas todo o espaço
coberto com folhas de zinco, como proteção para o sol e para a chuva. Embora
tal fragilidade, nunca ocorreu um acidente, por consequência. O estádio
situava-se entre as Ruas Catarina Paraguaçu e Humberto de Campos (tendo como
curiosidade o fato de que, os edifícios em frente – Dourado e a sede do Café
Rio Branco – serviam de arquibancada particular, de onde, tranquilamente, se
poderia assistir aos jogos). Embora em um deles se tivesse que subir no
telhado. Por outro lado, as bilheterias da “geral” se situavam entre as
esquinas da Rua Catarina Paraguaçu com a Av. Euclides da Cunha.
Famosos que torciam
pelos seus clubes
Um outro fato curiosíssimo, envolvendo aquele atleta, foi o de que, o mesmo Popó, teve uma admiradora que ficaria célebre anos depois: outra que não MARIA RITA LOPES PONTES, a festejada Irmã Dulce. Aquela que seria a futura primeira santa do Brasil era frequentadora assídua do estádio, aos domingos. Sempre acompanhada pelo seu pai, o dentista AUGUSTO PONTES.
Àquela
época, o Botafogo havia sido fundado, em 1914, a sua denominação ocorreu como
homenagem ao mesmo clube do Rio de Janeiro. No entanto, já em homenagem ao
Corpo de Bombeiros de Salvador, as suas cores foram: vermelha e branco. Isto
porque fora fundado pelo sargento daquela corporação ANTONIO VALVERDE. Ao
alvi-rubro baiano foi destinado o título de Campeão
dos Centenários, em razão da conquista dos campeonatos de 1922 e 1923, quando
foram comemorados os “centenários do Brasil e da Bahia”.
Ainda havia preconceito
Mesmo com todo o sucesso que o futebol proporcionava, sobretudo entre os jovens, especialmente entre aquelas famílias consideradas como “abastadas”, não foram poucos os jovens da “elite” que atuavam às escondidas. E é de observar que, então, alguns daqueles “garotos” possuíam sobrenomes destacados e, mesmo assim, seguiam participando da prática do esporte. É o caso, por exemplo de ZEZITO MAGALHÃES, que, por sinal, jogava na condição de “lateral-direito”. Isto ainda em 1946. E era titular do Esporte Clube Bahia que, naquele mesmo ano de 1946, lavrou um espetacular “tento” ao aplicar nada menos do que 7 x 2 no São Paulo. Foi naquela oportunidade, inclusive, que se criou o “título” de “Esquadrão de Aço”.
Um outro
nome destacado na sociedade baiana, sobretudo anos depois, quando se constituiu
num dos mais prestigiados profissionais do Direito, com renome nacional e
internacional, inclusive na condição de “Catedrático do Direito do Trabalho” na
Universidade Federal da Bahia (por sinal, foi o meu querido mestre na Faculdade
de Direito): JOSÉ MARTINS CATARINO (mais conhecido como ZEZÉ CATARINO). Ele
atuou, então, pelo VITÓRIA. Como particularidade, o rubro-negro foi o único
clube, dos grandes, a não conquistar um campeonato baiano disputado no Campo da
Graça. Até porque, àquela altura, encontrava-se focado na prática do remo.
A ênfase do futebol do Vitória veio a ocorrer somente na Fonte Nova, oportunidade em que um outro MARTINS CATARINO, o LUIZ, assumiu a sua presidência. O que aconteceu em 1953.
Evidencia-se,
naquela época, o fato de que a elegância dos trajes das torcidas nas
competições do Campo da Graça foram, aos poucos, substituídos por roupas mais
informais. Já quando a prática dos certames ocorria na Fonte Nova, passou-se,
inclusive, a adotar como vestimenta habitual nos jogos a bermuda e a camiseta.
Esse pormenor chegou a ser, anos depois, incluído em criação musical do
compositor e cantor Chocolate da Bahia.
A era da Fonte Nova
Muito embora
a construção do Estádio da Fonte Nova - já no bairro de Nazaré, em localização,
por sinal, próxima do antigo “Campo dos Mártires”, depois conhecido como “Campo
da Pólvora” - se constituísse num fator determinante do maior desenvolvimento
do futebol baiano, marcou, por acaso, o início da decadência de três dos mais
festejados clubes de futebol da Bahia: Botafogo, que teve articulada
praticamente sua última equipe de destaque, Galícia, mas que ainda conseguiu
ser competitivo até os fins da década de 1960, e o próprio Ypiranga que, até
então, era considerado como o clube de massas do futebol baiano, cedendo espaço
que passou a ser ocupado pelo ESPORTE CLUBE BAHIA.
Até mesmo
pelo fato de ter cedido espaço definitivo à Fonte Nova, não sendo mais o palco
principal das grandes competições, verdade que o Campo da Graça, tão famoso e
festejado à época, não se entregou, permanecendo ereto até mesmo o início da
década de 1970. Foi, por consequência, que aquela área, por sinal,
valorizadíssima, porquanto no centro do, então, bairro mais prestigiado da
cidade, chegando o seu terreno a ser comercializado para construtoras. Foi, em
virtude da especulação imobiliária, que toda aquela área passou a ser ocupada
por vistosos edifícios.
Porém, é de
se observar de que o Campo da Graça resistiu às tantas investidas dos construtores
até aquele 1970. Observe-se que o seu apogeu chegou a determinar que acolhesse
até mesmo a Seleção Brasileira de Futebol. Expressivo acontecimento que ocorreu
em 1934, num encontro contra o Esporte Clube Bahia que, por lamentável, foi
derrotado pelo elástico escore de 8 x 1. Como ilustração daquele resultado, a
notícia de que os tentos foram consignados pelos seguintes atletas: Leônidas da Silva (4), Átila (2) e Carvalho Leite (2), evidentemente,
para a seleção.
Um outro
fato pitoresco, ainda do Campo da Graça, é o que consta das tantas histórias.
Afirmavam-se de que uma empresa teria mandado colocar, atrás de uma das metas,
um painel publicitário no formato de uma bola. E a novidade era que oferecia um
prêmio em dinheiro para quem conseguisse, chutando em direção ao gol, acertar
exatamente naquele espaço. Mas também se assegura de que nunca ninguém
conseguiu o feito. Até que, numa certa oportunidade, teria o então “half direito” Guiú, do Bahia, se valido
de um lançamento que fora realizado para a área, e cabeceado a bola com direção
para a possibilidade de consignar mais um gol: a verdade foi que ele errou, perdeu
o gol, mas acertou em cheio na aludida placa.
Fato que,
mesmo tendo perdido o gol, comemorou efusivamente.
Foram dois estádios na
própria Fonte Nova
Na sua primeira inauguração, em 1951, o Estádio Octavio Mangabeira, Fonte Nova, tinha a capacidade de 30 mil espectadores. Posteriormente, com a construção do anel superior, sua capacidade subiu para até 80 mil. Construído pelo Governo do Estado, funcionou até 2007, quando foi fechado em virtude do episódio do desabamento de uma parte da arquibancada superior que ficava do outro lado da Tribuna de Honra. Aquele acidente ocorreu precisamente na tarde de 25 de novembro do mesmo ano, durante a competição entre o Bahia e o Vila Nova, equipe de Goiás.
Por conta do
acidente, teve as suas atividades encerradas, o que deu margem a que, por
consequência, fosse implodido, fato que ocorreu precisamente no dia 29 de
agosto de 2010. O acidente decorreu do fato da superlotação contra o que o
velho estádio não resistiu.
Algum tempo
antes, um outro evento assustou o estádio superlotado, por razão de que torcedores,
ao passar pelas portas de metal da arquibancada superior promoveram um ruído
estranho, também do lado contrário à tribuna; com o barulho provocado, assustou
a torcida que passou a se deslocar repentina e violentamente, imaginando de que
parte do estádio estaria desabando. Inclusive houve torcedores jogando-se do
piso superior para o de baixo, como também, invadindo o campo. Até que as
coisas se esclarecessem, mas assustando àquela multidão.
Naquele
momento, inclusive, encontrava-se presente ao estádio o Presidente da
República, EMILIO GARRASTAZU MÉDICE que, por sinal, era um ferrenho
admirador do futebol, a ponto de, como era hábito à época, assistir aos jogos
com o “radinho no ouvido”.
Naquela outra
tarde em que parte do estádio ruiu realmente, a competição encontrava-se num
empate sem gol, num certo momento, uma multidão incrível passou a se movimentar
repentina e de forma turbulenta, inclusive com centenas de torcedores
lançando-se desesperadamente do piso superior. Enquanto, do piso inferior a
multidão invadia o gramado. Evidentemente, interrompendo a competição. A altura
de onde alguns torcedores caíram, por conta da ruptura de parte do piso da arquibancada
superior, foi acima de 20 metros. E a competição já se encontrava nos 35
minutos do segundo tempo.
O resultante
da queda de tamanha altura, foi que se perderam sete vidas de torcedores, ao
lado de dezenas de feridos. Por sinal, ao final da competição, a torcida do
Bahia também invadiu o campo para comemorar o acesso do clube à série B.
A história dos novos
estádios
Na realidade, depois do futebol se afirmar em Salvador-Bahia, desde o Campo Grande, depois ao Campo da Pólvora, ao Rio Vermelho e, finalmente, ao Campo da Graça. O Estádio OCTAVIO MANGABEIRA, em sequência, foi idealizado, projetado e construído pelo Governador que cedeu o seu próprio nome. Ocorreu sua inauguração em 1951. Embora o nome ilustre, a população baiana o identificou mesmo foi como FONTE NOVA, a denominação do local onde foi erguido, entre a Ladeira da Fonte das Pedras e em frente ao Dique do Tororó. Originalmente, sua capacidade era para 30 mil espectadores.
Desde a sua
construção inicial, o novo estádio passou a ser, em verdade, a “casa do Bahia”,
o que perdurou por mais de cinco décadas. Aquele privilégio, contudo, foi
encerrado em 2007. Algumas características do novo estádio: obras realizadas
com 100% de concreto (nada menos do que 80 mil toneladas). Integrando o
“Programa Green Goal da FIFA”, permitia o aproveitamento da água da chuva, bem
assim a redução no consumo do aço, enquanto, para a iluminação, utilizava
lâmpadas eficientes, como também projetores energicamente otimizados. Ao lado
de que, elevadores verdes proporcionavam economia de energia. Na construção, um
outro pormenor, o de adotar a reciclagem de materiais.
O fim do
primeiro estádio da Fonte Nova ocorreu em 2007, enquanto a sua reconstrução
aconteceu entre 2010 e 2013. A sua capacidade atinge mais de 50 mil
espectadores, pelo que, em virtude da sua condição de ARENA, é o palco dos
principais jogos, bem assim de diversos outros eventos. É consequência,
inclusive, da sua versatilidade, especialmente em virtude da sua tecnologia
inteligente. Razão da frequente realização, além do futebol, de espetáculos
artísticos até internacionais, da mesma sorte como se pode visitar as suas
dependências, desde que, com guias.
Enquanto o
novo estádio era construído, as competições passaram a ter como palco o campo
que o Governo do Estado havia erguido no bairro de Pituaçu. Ainda hoje,
inúmeras competições, sobretudo das categorias menores, ainda ali são
realizadas.
São mais de 70 anos de
rica história
Já lá se vão
quase 73 anos de um dos mais destacados estádios do país, no qual, sobretudo
Bahia e Vitória foram protagonistas de disputas e até mesmo a conquista de
títulos nacionais. Quanto à qualidade dos jogos, vejam-se que ocorreram
competições pela Copa do Mundo, Copa
América, Copa das Confederações, ao lado dos tantos títulos nordestinos.
Para que se tenha ideia perfeita da complexidade da sua utilização, chegou a
abrigar um hospital de campanha, o que ocorreu durante a pandemia.
Quando da
inauguração primeira do Estádio da Fonte Nova, em 28 de janeiro de 1951, o seu
jogo inaugural ocorreu entre Botafogo e Guarany, com triunfo do primeiro por 1
x 0, gol de Antônio. Foi um jogo disputado pelo Torneio Octavio Mangabeira. Competição que teve a participação dos
clubes da cidade, cuja conclusão apontou o Bahia com o vencedor do título de
campeão, ao vencer o Ypiranga por 3 x 2. Já o campeonato baiano daquele ano foi
conquistado pelo próprio Ypiranga que
registrou, ali, o seu 10º e último título. A ampliação da primeira fase do
Estádio ocorreu entre 1968 e 1971, quando lhe foi anexada a arquibancada
superior. Fato que lhe proporcionou ampliação da capacidade, alcançando até
96.640 torcedores.
Então, a Fonte Nova só perdia, em capacidade,
para Maracanã, com 200.000, Morumbi, com 149.000, e Mineirão, com 130.000. Na sua
reabertura, a Fonte Nova acolheu
94.972 espectadores, numa tarde de rodada dupla: Bahia 1 x 0 Flamengo e Vitória
0 x1 Grêmio. Foi naquela tarde que ocorreu o “boato” de desabamento, e por
consequência da extrema confusão que se estabeleceu acontecendo duas mortes,
além de ma.is de dois mil feridos.
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